terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Lula pretende a revolução cultural?

Carlos Chagas
Anuncia o Lula a intenção de promover uma reforma estrutural no PT. Começa pelo cumprimento efetivo das quotas de participação, ou  seja, a obrigatoriedade de serem escolhidos para funções de direção nos municípios, estados e no plano federal, 50% de mulheres, 20% de jovens e 20% de negros. O ex-presidente critica a direção centralizada e pretende a renovação dos quadros.
Significa o quê, esse posicionamento?  Primeiro, uma declaração de guerra a Dilma Rousseff. Se o PT precisa de reformas é porque a presidente, cujo governo  domina mais da metade dos companheiros, impõe diretrizes que isolam o ex-presidente. Nunca é demais buscar lições na História.  Na China, Mao-Tsetung estava isolado, afastado das decisões,  mera figura decorativa. O poder repousava nas  mãos de Liu-Xaochi, Teng-Xiauping e outros moderados. Mao criou a Revolução Cultural, virou o país de  cabeça para baixo e voltou a exercer o comando. Liu foi degradado, Teng refugiou-se num comando militar do interior e, por sinal, voltou  com toda força depois da morte de Mao, para sepultar a Revolução Cultural.
Guardadas as proporções, o Lula ainda não perdeu de todo o poder, mas se não reagir, como agora parece estar fazendo, torna-se  apenas um mito reverenciado mas  ultrapassado. Daí a ênfase que pretende dar à renovação dos dirigentes do partido, manobra capaz de atingir o verdadeiro objetivo, no caso, reconduzir o PT às suas origens. Quais? A defesa de reformas socializantes em condições de bater de frente com a linha neoliberal e conservadora adotada pela sucessora.
Na verdade,  o que precisa mudar no PT é o seu conteúdo.A legenda ficou igual às demais, um aglomerado de petistas buscando ocupar cargos,  funções e espaços  que os beneficiem pessoalmente, sem fazer conta dos ideais um dia proclamados de mudar a sociedade  através das reformas envolvendo a  justiça social, a igualdade, a extirpação da miséria e da pobreza,  o fim dos privilégios das elites e sucedâneos.
Se  o Lula obterá a vitoria, como Mao a obteve, é um ponto de interrogação, até sob o risco dos monumentais excessos e retrocessos que a China enfrentou com seus Guardas Vermelhos, afinal contidos. Uma evidência, porém, sobressai entre outras: vem por aí  uma luta de foice em quarto escuro entre ele e Dilma.

Aliados negam descuido de Eduardo ao escolher pilotos

Blog do Gerson Camarotti



Aliados de Eduardo Campos negam que houve qualquer descuido do ex-governador na escolha dos pilotos do jato que caiu em agosto do ano passado em Santos, causando a morte de sete pessoas. Segundo investigadores do Cenipa, os dois pilotos tinham habilitação para o modelo Cessna 560, e não para o Cessna 560 XL+, modelo do avião acidentado.

A documentação da tripulação mostrou que, embora habilitados para voar num modelo anterior do avião, os pilotos ainda não tinham feito o treinamento recomendado pela fabricante do jato. Segundo aliados de Campos, que se reuniram hoje na sede do PSB em Brasília, esse treinamento não era uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar a aeronave utilizada. Portanto, os pilotos estariam “100% regulares”. 

“Se essa era uma exigência, os pilotos não deveriam ter a permissão da Anac para conduzir o avião”, observou ao Blog um aliado. 

A viúva do ex-governador, Renata Campos, esteve hoje em Brasília para acompanhar a avaliação dos técnicos do Cenipa. Num apartamento, ela ficou ao lado dos filhos para monitorar a entrevista dos investigadores do acidente. Ela não deve se pronunciar até uma posição final do órgão sobre o acidente que vitimou Eduardo Campos. 

Antes da entrevista coletiva, familiares das vítimas, incluindo Renata Campos, foram informados sobre detalhes do que seria divulgado. O aviso a familiares é uma praxe do Cenipa nesse tipo de investigação.

Relatório da morte de Eduardo constrange família

A divulgação do relatório parcial a respeito do acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, causou desconforto entre os familiares das vítimas. As esposas dos sete homens que morreram no desastre aéreo em 13 de agosto do ano passado vieram a Brasília nesta segunda-feira para serem apresentadas às informações coletadas até o momento pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A viúva de Campos, Renata Campos, chegou a Brasília acompanhada dos filhos e, após a reunião na sede da Cenipa, no Lago Sul, no início da tarde, passou o restante do dia na casa da sogra, a ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes, até retornar a Recife no começo da noite.
A avaliação dos familiares é que a divulgação do relatório não deveria ser feita até que todas as informações possíveis, inclusive as coletadas pela Polícia Federal, estivessem prontas e reunidas em um laudo conclusivo. Divulgar um relatório parcial e fazer disso um ato público, com convocação da imprensa, foi considerado um erro por pessoas próximas aos familiares.
Por esse motivo, por meio de nota, a família de Eduardo Campos afirmou que não se manifestaria até que tudo estivesse concluído.(O Globo)

Mantega ajudou na revisão das leis trabalhistas

O Planalto reconheceu nesta segunda-feira (26) que a equipe do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) trabalhou na elaboração das medidas que alteram a concessão de direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, o abono salarial e o seguro-defeso, pago a pescadores, conforme informou a a reportagem daFolha "Revisão de regras trabalhistas foi planejada antes da eleição".
"O diagnóstico obtido pela equipe do então ministro Guido Mantega mostrou que três de cada quatro beneficiários do seguro-desemprego ao longo de 2014 estavam entrando no mercado de trabalho. As medidas de correção desta distorção foram estudadas em conjunto pelas equipes do ministro Mantega e Joaquim Levy. A necessidade de correções da concessão dos benefícios do Seguro Defeso foram registradas ao longo de 2014", informa a nota.
A Secom informou também "que os programas do governo federal passam por constantes correções e atualizações". (Da Folha de S. Paulo)

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