sexta-feira, 22 de maio de 2015

Coluna da sexta-feira

Miro: cruzada pelo distritão
Numa conversa, ontem, com este blogueiro em Brasília, o deputado Miro Teixeira (PROS-RJ) fez uma defesa ardorosa do distritão, o chamado voto majoritário na eleição proporcional já a partir da eleição do ano que vem, conforme proposta inclusa na reforma política, que deve ser aprovada na próxima segunda-feira, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
“Para o Legislativo, defendo o distritão. Sou a favor de um sistema que não tire do povo o voto unipessoal. O povo tem de escolher diretamente o seu candidato. O que defendo na realidade brasileira é o voto majoritário nos Estados. Se há 40 vagas, entram os 40 mais votados”, diz.
E acrescenta: “Com o chamado distritão, o voto se dá no Estado todo para um candidato. Você não tem o problema da divisão dos distritos, porque o distrito passa a ser o próprio Estado. Isso aqui é a transparência na eleição”. Miro Teixeira é só sorrisos e anda arrancando elogios por onde passa.
O que mais teve na Câmara nos últimos dias foi deputado rasgando a seda dele por conta da campanha para incluir o “distritão” na reforma política. A ideia, já abraçada pelo PMDB, especialmente pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estabelece a chamada também justiça eleitoral, com a eleição dos mais votados e não dos puxados por coligações.
Defensor da reforma política e da mudança no modo de eleger os deputados federais desde quando foi eleito pela primeira vez deputado federal na década de 80, Miro acrescenta: “O povo não entende como um sujeito que teve 300 mil votos chega à Câmara dos Deputados e quem teve 120 mil fica fora. Quando você explica a nova ideia, as pessoas entendem e aderem imediatamente”.
APROVAÇÃO– Miro acha que a proposta do distritão, que não conta com o apoio de outras grandes legendas na Câmara, como PT e PSDB, além dos partidos nanicos, passa no plenário da Casa. “Estou plenamente convencido da nossa vitória”, observa. Já o deputado Sílvio Costa, vice-líder do Governo na Câmara, concorda com Miro, mas acha que o distritão tem resistências fortes no Senado, sendo derrotado por ampla maioria.
Briga de foice –  Com exceção de Caio Melo, já confirmado para a Conab, as nomeações para o segundo escalão federal em Pernambuco não andam com maior velocidade na Casa Civil porque as principais lideranças governistas do Estado no Congresso não se entendem. A orientação do Planalto é dar o sinal verde para nomeações em Estados em que não existam conflitos políticos.
Travou geral– Na verdade, a queda de braço se dá entre o líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte, que exige a verticalização dos cargos nos ministérios ocupados pelo partido, e o PT. Apesar de ser líder do PT no Senado, Humberto Costa não conseguiu ainda destravar as indicações dos ex-deputados João Paulo, que iria para a Sudene, e Fernando Ferro, indicado para uma diretoria da Chesf.
Mosca azul– O deputado Jarbas Vasconcelos fez mais um jantar para a bancada federal do Estado em seu apartamento, terça-feira passada. Mas como a sessão na Câmara se prolongou até às 23 horas, o quórum foi baixo. A conversa, entretanto, acabou girando em torno da eleição no Recife. Tem parlamentar apostando que Jarbas entra na disputa para prefeito.
Duelo de saias – Nas eleições para prefeito de Arcoverde no ano que vem o eleitor pode se deparar com a polarização entre dois postulantes de saia: a prefeita Madalena Brito (sem partido), que tenta a reeleição, e Nerianny Cavalcanti, ex-primeira-dama do município, esposa do deputado Zeca Cavalcanti, que elegeu Madalena, mas o tempo se encarregou pelo rompimento.
CURTAS
POESIA– O deputado Tony Gel (PMDB) apresentou, ontem, ontem, voto de congratulações ao repentista Ivanildo Vila Nova pela celebração dos seus 50 anos de carreira, comemorados no teatro Santa Isabel com a gravação de um DVD. “Vila Nova profissionalizou o estilo repentista no País”, avaliou.
BARRAGEM- – O deputado Jorge Corte Real (PTB), a exemplo de Ricardo Teobaldo (PTB), também esteve com o ministro da Integração, Gilberto Occhi, pedindo para não paralisar as obras da barragem de Ingazeira, no Sertão do Pajeú, que abastecerá quatro municípios, beneficiando 40 mil pessoas.
Perguntar não ofende: Cadê a força do PT pernambucano para destravar os cargos federais?

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