segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Prejudicou milhares', diz presidente do Peruche sobre Ju Isen tirar roupa

Modelo teria assinado termo se comprometendo a não prejudicar escola.
Ju Isen foi expulsa durante desfile; assessoria dela não respondeu ao G1.
SÃO PAULO: Manifestantes e curiosos interrompem os protestos para observar o ato da modelo Ju Isen na Avenida Paulista (Foto: Isabela Leite/G1)Segundo Ney, a modelo assinou um termo com a escola em que se comprometia a não prejudicar a escola e a "não causar nenhum tipo de desconforto" na avenida. O documento, segundo ele, prevê multa e responsabilização caso algo acontecesse.
O G1 tentou contato com a passista e com o seu assessor de imprensa diversas vezes para questionar sobre o documento. Em nenhuma delas recebeu retorno.
"A atitude dela não é uma atitude legal, não condiz com o carnaval. Nós temos muitas pessoas que deixaram suas casas e perderam dias e noites se empenhando com a única finalidade de fazer um carnaval especial para a escola. E vem uma mulher dessas, sem comprometimento nenhum, unicamente pensando em si, e comete uma atitude infeliz", afirmou Ney.
O carnavalesco teme possíveis punições por causa do incidente na madrugada deste domingo (7). "O que ela fez é inadmissível, prejudicou centenas de milhares de pessoas envolvidas com o carnaval e comprometidas com a Unidos do Peruche. O que ela demonstrou foi ter comprometimento nenhum."
Unidos do Peruche proibiu Ju Isen de usara tapa sexo com imagem de protesto contra Dilma (Foto: Letícia Macedo/G1)Protesto contra Dilma
Ju ficou famosa por mostrar os seios durante protestos contra o governo Dilma Rousseff, no ano passado. Antes do início do desfile, a modelo, que queria desfilar com um tapa-sexo com o rosto da presidente, reclamou de ter sido impedida de usar o adereço. "Não sei por que proibiram, mas estou muito chateada. Estou me sentindo injustiçada. Eu quero o impeachment, o povo quer o impeachment", disse.
Ney disse que não estava previsto no figurino dela esse tapa-sexo e que ela assinou o termo dizendo que "ela se comprometia a desfilar com a alegoria escolhida pela escola e não causar nenhum tipo de desconforto". "Graças a Deus ela usava um macacão, o que dificultou ela tirar toda a roupa. Se não o estrago ia ser bem maior."'Caso encerrado'
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo disse ao G1 que o regulamento não prevê punição para a escola e para a passista pela nudez ou pelo ato isolado. A liga acrescenta que seu presidente, ao ver a atitude de Ju, pediu para que ela deixasse a avenida, pois estava "prejudicando a evolução e a avaliação da escola".
A assessoria de imprensa da Liga disse, no início da tarde de domingo (7), que "via o caso como encerrado".

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