Paulo Debétio

Paulo Debétio - Paulo de SouzaP
Paulo de Souza, Nasceu no dia 1º de Março de 1946, no Sítio Tanquinho de Poção, filho de Damiana e João de Souza, os pais lavradores, Paraibanos e radicados em Poção PE, tiveram sete filhos, sendo Paulo Debétio o herdeiro  da veia poética dos CALUMBIS, que menino de calças curtas sai da casa dos avós com destino para São Paulo, em busca da sorte e depois para o Rio de Janeiro onde conhece grandes parceiros, dentre eles o seu Compadre Paulinho Resende com quem criou um enorme acervo de letras e músicas MPB. O Cidadão Carioca, Paulo Debétio reside hoje em Copacabana, onde ainda compõe e faz finca pé pro mundo, exibindo seus shows, com as mais belas canções de sua inspiração. 
BIOGRAFIA:Iniciou carreira artística no "Festival de Carnaval de Belo Horizonte", Minas Gerais, como integrante da dupla "Santos & Debétio". Neste festival, classificou "Lolita", de autoria de Rildo Hora e Humberto Teixeira, com arranjos de Rildo Hora. Ainda fazendo parte da dupla, gravou a marchinha em compacto simples pela Odeon.
Em 1976, Alcione interpretou "Retalhos" (c/ Paulinho Rezende) no LP "Morte de um poeta", pela gravadora Philips. No ano seguinte, Alcione incluiu no disco "Pra que chorar", outra composição de sua autoria,  "Recusa", em parceria com Paulinho Rezende.
No ano de 1978, Zé Carlos gravou "Vá"  (c/ Jovenil Santos) no disco "Vamos nessa", pela CID. Neste mesmo ano, Janaína interpretou as seguintes composições de sua autoria:  "Egoísmo", "Correnteza" (c/ Marcelo) e "Pára com isso" (c/ Marcelo), no LP "Quem tem... tem", lançado pela Polydor. Ainda neste mesmo ano, Leci Brandão interpretou "Metades" (c/ Paulinho Rezende), no disco homônimo.
Em 1980, Alcione gravou "Olerê camará" (c/ Joel Menezes) no disco "E vamos à luta".
No ano de 1982, Emílio Santiago interpretou "Pelo amor de Deus" (c/ Paulinho Rezende), que logo se tornou um dos principais sucessos do cantor e da dupla de compositores, sendo regravada por variados intérpretes posteriormente.
Em 1986, sua composição "Estrela Veja" (c/ Paulinho Rezende) foi gravada por Wando. Dois anos depois, o mesmo cantor incluiu em seu disco "Obsceno", outra composição da dupla, desta vez "Bailarina".
No ano de 1989, Elba Ramalho, em seu disco "Popular brasileira", interpretou "Cheiro moreno" (c/ Paulinho Rezende).
Em 1990 Selma Reis gravou de sua autoria "Estrela de outubro", parceria com Paulinho Rezende.
Em 2009 a cantora Verônica Ferriani regravou "Retalhos" (com Paulinho Rezende).
Lançou o CD "Pelas ruas da Lapa"  (Selo Paulitura Edições Musicais), no qual interpretou de sua autoria "Amor tempestade" (c/ Wally Bianchi), "Bola da vez" (c/ Paulinho Rezende), "Pelo amor de Deus" (c/ Paulinho Rezende), "Lamento não fica bem" (c/ Wally Bianchi), "Aprediz de gafieira" (c/ Toninho Gerais), "Monumento" (c/ Wally Bianchi), "Preciso, você" (c/ Wally Bianchi), "Desprezar um grande amor" (c/ João Carlos), "Eu, avenida e você" (Jovenil Santos), "Linho engomado" (c/ Toninho Nascimento), "Quem ama não trai" (c/ Paulinho Rezende), "Noite plena" (c/ João Carlos), "Pelas ruas da Lapa", "Unidos da felicidade" (c/ Paulinho Rezende) e regravou "Asa branca", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Logo depois lançou o disco "Pelas ruas do Brasil", pelo mesmo selo e editora musical. No CD interpretou de sua autoria as faixas "Biquinho de mamadeira"; "Naureza, espelho de Deus" (c/ Paulinho Rezende) e com participação especial de Elba Ramalho; "Sexta-feira" (c/ Toninho Nascimento); "Nuvem de lágrima" (c/ Paulinhom Rezende) com participação especial de Amelinha; "Coisa do destino"; "Retratos e paisagens" (c/ Waldir Luz); "Pelas ruas do Brasil" (c/ João Carlos); "Butterfly" (c/ Paulinho Rezende); "Pamonha.com" (c/ Toninho Nascimento); "Teresópolis" (com João Carlos); "Tieta" (c/ Boni); "Feijãozinho com arroz" (c/ Paulinho Rezende); "Família brasileira"; "Céu de arco-íris" e "Com o pé na lua", todas somente de sua autoria.

Obra

  • Bailarina (c/ Paulinho Rezende)
  • Cheiro moreno (c/ Paulinho Rezende)
  • Correnteza (c/ Marcelo)
  • Egoísmo
  • Estrela de outubro (c/ Paulinho Rezende)
  • Estrela Vega (c/ Paulinho Rezende)
  • Metades (c/ Paulinho Rezende)
  • Olerê camará (c/ Joel Menezes)
  • Para com isso (c/ Marcelo)
  • Pelo amor de Deus (c/ Paulinho Rezende)
  • Recusa (c/ Paulinho Rezende)
  • Retalhos (c/ Paulinho Rezende)
  • Vá (c/ Jovenil Santos)
  • Discografia

    • (S/D) Pelas ruas da Lapa • Selo Paulitura Edições Musicais • CD
    • (S/D) Pelas ruas do Brasil • Selo Paulitura Edições Musicais • CD
    • (S/D) Pelas ruas do Coração  • Selo Paulitura Edições Musicais • CD






Nascido no estado de Pernambuco, passou pelo Paraná e por São Paulo até imigrar de vez no Rio de Janeiro em 1965. Chegou a trabalhar em uma joalheria situada na rua do Ouvidor com Gonçalves Dias, no centro do Rio de Janeiro quando compôs o seu primeiro samba – “Eu, avenida evocê” -, gravado por Roberto Ribeiro. Essa gravação lhe permitiu traçar os seus caminhos em busca dos seus projetos de vida. Filiou-se à ala decompositores da Mocidade de Padre Miguel; participou das rodas-de-samba do Cacique de Ramos; desfilou como ritmista na bateria da Estação Primeira de Mangueira; freqüentou as memoráveis noites de Vila Izabel e, assim, foi se integrando ao mundo do samba. A primeira consagração como compositor se deu com o sucesso Pelo amor de Deus, vencedor do Festival MPB Shell de 1982 da Rede Globo, em parceria com Paulinho Rezende, e que foi interpretado por Emílio Santiago no Maracanãzinho, onde foi aclamado por unanimidade.



Como produtor inicialmente na Polygram – atualmente Universal-, onde produziu João Nogueira, Lecy Brandão, Chico da Silva, Agepê, Luiz Caldas, Cheiro de amor, Margareth Menezes, Markinhos Moura, Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, dentre outros. Foi o responsável pela contratação e elaboração do primeiro projeto da dupla Sandy e Júnior. Ao transferir-se para a Warner, em 1991, assumindo também as funções de diretor artístico trabalhando com artistas como João Paulo e Daniel, Bruno e Marroni, Jorge Vercilo, Gian e Giovani e etc. Em 1993, fundou o selo Paulitura Edições Musicais, que vem investindo em novos talentos.

Suas composições fazem parte da história das telenovelas: “Tieta” - Trilha de abertura da novela Tieta, “Uma nova mulher”, trilha da novela Tieta, “Nuvem de lágrimas”, trilha da novela Barriga de aluguel, “Meu amor não vá embora”, trilha da novela Tropicaliente, “Idas e voltas” e “Estrelas de outubro”, trilhas da novela Arapongas.

Em tempo: Paulo Debétio lança seu primeiro álbum "Pelas ruas da Lapa”. Com produção musical do próprio Debétio e lançado pelo selo Paulitura Edições Musicais "Pelas ruas da Lapa" traz 15 músicas. Treze delas são de autoria do compositor em parceria com Paulinho Rezende, Wally Bianchi, Toninho Gerais, Toninho Nascimentos, João Carlos e Jovenil Santos, mais a faixa título o disco, composta apenas por Debétio. A canção "Bola da Vez", parceria com Paulinho Rezende, já é bastante executada nas rádios e faz parte da trilha da novela da Rede Record, ”Vidas Opostas”. Há também uma versão em samba para a antológica “Asa branca” de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Em conversa telefônica Paulo Debétio fala do disco, de produção e composição.

Disco
Eu já havia lançando outros discos em 1970. Gravei um compacto pela EMI como dupla Santos e Debétio um Samba chamado “Amor crediário”. Depois participei de um festival da Rede Tupi com duas musicas do Humberto Teixeira e Rildo Hora, “Porque os guizos dobram” e “Lolita” que foram finalistas do festival. Foram dois compactos. Foi ali que comecei a compor.




Produtor
Quem me colou na área de produção foi o Hyldon. Ele quem me convidou e deu as dicas de produção. Naquela época eu não entendia nada. Até que um dia teve um cantor chamado Marcus Pitter que ninguém queira fazer. Eu como novo no assunto tive que aceitar. Ainda bem que eu estava com o Azimuth (Zé Roberto, Alexandre e o Mamão). Disseram pra eu ficar tranqüilo. Foi mais ou menos por acaso. Ainda tive outra dupla. Lemos e Debétio, chegamos a gravar também. Tive que abandonar por causa de muito trabalho em outras áreas da música. Fui parar na gravadora que hoje é a Universal. Foi lá que tudo aconteceu.


Compositor
A década de 70 foi muito rica pra mim - Alcione e Roberto Ribeiro. O Roberto gravou o primeiro samba que era meu chamado “Eu, avenida e você”. Logo depois a Alcione, gravou com sucesso até no exterior, “Retalhos”. Um tempo depois gravei com Alcione “Recusa”. Na mesma época, o Jorginho do Império gravou em homenagem ao Mano Décio da Viola “O Imperador”. Lancei também a Janaina, cantora que fez muito sucesso. Mas o momento maior foi com Emilio Santiago que defendeu minha música “Pelo amor de Deus”. Até então, nenhum samba havia ganhado um festival. Quem ia defender a musica era Alcione, mas não pode. O Roberto Menescal me apresentou o Emilio que gostou e aconteceu.


Pelas ruas da Lapa
Levei anos pra decidir em gravar esse disco. Sempre que me preparava surgia outra coisa pra fazer e deixava de lado. Começou a chegar os 60 anos de idade e me perguntei: se não fizer agora, vou fazer quando? Preparei-me para esse disco. Como produtor sabia que se pedisse musica pra algum compositor, iriam perguntar pra quem era e eu não queira falar que era pra eu gravar. Gravei “Eu, avenida e você” e resolvi fazer um arranjo igual. Me assustou, mas gravei. O disco está todo certinho pra jovens de 40 anos pra cima, pra baixo é bebê! (risos). Mas pode conhecer também. Disco é pra quem gosta da boa música e poesia. Gravei “Pelo amor de Deus” também que é um marco em minha carreira e sem comparações com o Emilio.


Nordeste: Existem algumas cobranças. Como nasci em Pernambuco e sabia que viria cobrança de lá. Pensei em gravar um maracatu. Pensei e decidir não gravar. Resolvi gravar “Asa branca” que é uma canção emblemática em ritmo de samba, coisa que ninguém fez. Meu sentimento nordestino está em “Asa branca”. Samba é samba, não podemos misturar se não, não é samba! Sou sambista e gosto de samba e quero ser lembrado como sambista.


Paulo de Souza Debétio, um poeta compositor dos melhores do mundo. Filho de Damiana e João, nasceu nos tanquinhos e cresceu aqui em Poção. O destino mandou-lhe pro Rio, um peixe a nadar na baía de guanabara e por lá descobrir que a vida seria mais bela compondo e cantando os sentimentos nas "ruas": Da Lapa, do Brasil e do Coração. Paulo Debétio, faz a letra e a melódia, pra essa gente que faz sucesso: Bruno e Marrone e todos outros renomados sertanejos. Fafá de Belém e Agnaldo Timotéo, Ângela Maria, Beto Barbosa etc... Calypso e Kassamina, mais outras melhores bandas do Brasil. Com Paulinho Rezende, Debétio tem feito a melhor parceria rumo ao sucesso da música que o Brasil tem sido agraciado. Parabéns do amigo e humilde poeta cordelista Herculano Correia.