sábado, 22 de novembro de 2014

Coluna do sabadão

Escrito por Magno Martins, às 06h00
PE retoma seu espaço
A escolha do senador Armando Monteiro Neto para o Ministério do Desenvolvimento, antecipada ontem por este blogueiro, devolve a Pernambuco um status diferenciado no Governo Federal.
Na era petista, o Estado contou, inicialmente, com o Ministério da Saúde (Humberto Costa), depois Ciência e Tecnologia (Eduardo Campos), Relações Institucionais (José Múcio Monteiro) e, recentemente, Integração Nacional (Fernando Bezerra Coelho).
Político de envergadura nacional, tendo se projetado depois de presidir por dois mandatos a poderosa CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando tem tudo para fazer um excelente trabalho. A pasta se encaixa ao seu perfil.
Sua atuação no Congresso, na passagem pela Câmara dos Deputados e depois no Senado, foi concentrada essencialmente na área econômica, sendo uma voz combativa e respeitada na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado), por onde deriva a pauta da conjuntura econômica do País.
Com trânsito no empresariado nacional, Armando alia ao perfil econômico a sua experiência no campo da política. Conhece os meandros do Congresso, tem trânsito e respeitabilidade em todos as correntes partidárias, ajudando a presidente Dilma, consequentemente, na interlocução com a base governista no Congresso.
Quanto a Pernambuco, o fato de ter perdido a eleição para governador não pode ser interpretado o convite de Dilma como uma provocação à coligação vencedora, encabeçada pelo governador socialista Paulo Câmara. Armando está acima disso.
Se Dilma recorreu a ele para tocar uma área tão estratégia sabe que dará certo, porque, além de preparado, o senador é competente. E deu demonstrações disso por onde passou, principalmente no comando da CNI.
FAMÍLIA MONTEIRO Para o marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan, é enaltecedor para a família Monteiro, com a ida de Armando para o Desenvolvimento, entrar para a história do Brasil de ter servido a três Governos: Armando Monteiro, o pai, Agricultura de Jango; José Múcio Monteiro, de Lula, Relações Institucionais; e agora o senador no Governo Dilma. “Nenhuma família política conseguiu igual marca no País”, afirmou.
Caruaru no poder – Com a ascensão de Armando Monteiro Neto para o primeiro escalão federal, Caruaru ganha um senador: o empresário Douglas Cintra, suplente, que assumiu o mandato durante a campanha do trabalhista para o Governo de Pernambuco.

O latifúndio de Armando– Na estrutura do Ministério do Desenvolvimento Econômico, que Armando passa a pilotar a partir de janeiro no segundo mandato de Dilma, tem como destaque o BNDES. Mas ele passa a gerir também a Zona Franca de Manaus, o Inmetro e a Apex, além da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
O chamado– Armando estava no Recife, na última quinta-feira, quando recebeu um telefonema da presidente Dilma para voltar a Brasília, de onde havia chegado no dia anterior. Pegou um voo na mesma noite e ontem pela manhã, numa conversa com a presidente e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, bateu o martelo para a pasta de Desenvolvimento.
Bom exemplo– O prefeito de Petrolândia, Lourival Simões (PR), é uma das raras exceções no Estado de quem fez bem o dever de casa nas finanças: já pagou a segunda parcela do 13º salário e o salário de novembro, injetando na economia do município mais de R$ 2 milhões. Enquanto isso, tem prefeito por aí sem caixa para manter sequer em dia a folha de pessoal.
CURTAS
PREPARADO– Do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), sobre as dificuldades para o ano de 2015: 'Nós estamos preparados para viver o ano novo, sabemos que ele é um ano difícil na economia, mas a Prefeitura do Recife está preparada para fazer um belo ano, fazer muitas inaugurações e muitas entregas à população'.
FICÇÃO– Do deputado Sílvio Costa Filho sobre a declaração do governador eleito Paulo Câmara, de que terá R$ 3 bilhões para investimentos. 'O Estado não tem essa capacidade de investimento, é fictícia. O Estado terá, se houver, recursos de empréstimos via BNDES”.
Perguntar não ofende: O que levou Dilma a adiar o anúncio da equipe econômica prevista ontem?
'Como o rugido do leão é o terror do rei; o que o provoca à ira peca contra a sua própria alma'. (Provérbios 20-2)

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