terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ás Últimas

Uchoa na cabeça: 5º mandato é legal, diz Alepe

Do Diario de Pernambuco 
O parecer da Procuradoria da Assembleia Legislativa de Pernambuco sobre a possibilidade da reeleição do presidente Guilherme Uchoa (PDT), que será divulgado hoje, deverá ser favorável ao pedetista. Em reserva, deputados afirmaram que o procurador-geral da casa, Ismar Teixeira Cabral, argumentará que a emenda 33, proposta em 2011 pelo deputado Eriberto Cabral (PTC), não fere a Constituição do estado. Assim, Uchoa poderá disputar livremente a reeleição pela quinta vez.

O procurador afirmou ao Diario que concluiu ontem o documento após submetê-lo aos demais procuradores da Casa, mas não fez comentários sobre o teor do texto. “Já entregamos o parecer à mesa diretora e ele será divulgado amanhã (hoje)”, resumiu Ismar Teixeira Cabral. 

Um dos prováveis adversários de Uchoa na disputa pelo cargo, o deputado Rodrigo Novaes (PSD), afirmou que já esperava pelo posicionamento favorável a Uchoa, mas que irá contrapor o que for colocado para tentar convencer os seus pares. “Respeito a posição da procuradoria, mas é tão clara a inconstitucionalidade que teremos que contestá-lo. Vamos argumentar e colocar as questões jurídicas e políticas contrárias a essa decisão”, afirmou.

Ontem, Uchoa fortaleceu ainda mais a sua base. Os novos deputados Beto Accioly (SD), Professor Lupércio (SD), Eduíno (PHS) e João Eudes (PRP) formaram um “bloquinho” e formalizaram o apoio ao pedetista. Uchoa aguarda ainda o posicionamento oficial do PSB, que tem a maior bancada (15) e tende a apoiá-lo. Na oposição, deputados afirmam que o atual presidente teria entre 9 e 11 votos do bloco composto por 13 parlamentares.

Tucanos já se inclinam por reeleição de Geraldo

Do Diario de Pernambuco - Tércio Amaral
Em Pernambuco, os tucanos ainda não estão “sintonizados” quando o assunto é a eleição de 2016. Em entrevista, ontem, ao programa Em Foco com Aldo Vilela, apresentado pela Rádio Globo 720 AM, os prefeitos de Camaragibe, Jorge Alexandre, e de Ipojuca, Carlos Santana, ambos do PSDB, defendem que o partido desista da candidatura do deputado federal eleito Daniel Coelho e apoie a reeleição de Geraldo Julio (PSB) à Prefeitura do Recife. A opinião dos dois gestores contraria a orientação da Executiva Nacional, que desde a derrota do senador Aécio Neves na eleição presidencial do ano passado, determinou que a legenda lance candidaturas próprias em cidades estratégicas, sobretudo as da região Nordeste, onde o PT ainda exerce uma forte influência junto ao eleitorado beneficiado com programas sociais.

Marco Feliciano e Lula às lágrimas

Antipetista ferrenho, o pastor Marco Feliciano divulgou por WhatsApp um longo vídeo em que convoca fiéis para um congresso evangélico, em fevereiro, em São Paulo, e usa Lula como garoto-propaganda.
Ao explicar a programação do congresso, o locutor fala do quanto Deus pode fazer pela prosperidade e pelo sucesso dos fiéis.
Quando explica que “Deus pega o mais simples dos homens e o faz assentar entre os príncipes e os poderosos”, surge Lula no vídeo, numa entrevista para a Rede Record, ainda em seu primeiro mandato.
Diz Lula, às lágrimas:- Nós só queremos dizer o seguinte: a maior conquista nossa é o fato da gente estar dentro do palácio, coisa que eles jamais pensava (sic) entrar. (De Lauro Jardim - Veja Online)

Dilma vai enquadrar ministros hoje à tarde

Joaquim Levy (Fazenda) será o primeiro ministro a falar depois de Dilma na reunião da Esplanada hoje à tarde. Será seguido por Nelson Barbosa (Planejamento) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
O núcleo político do governo já admite reservadamente que o ajuste econômico vai provocar "flutuações" na taxa de desemprego.

"Nossas desonerações seguraram o emprego. Agora esse cenário muda um pouco", diz um ministro.(Vera Magalhães - Folha de S.Paulo)

Quem manda aqui

Dilma Rousseff e o Planalto passarão a centralizar as negociações entre o governo e o Congresso para evitar novas crises com os parlamentares em 2015, revela Vera Magalhães, na sua coluna desta terça-feira, na Folha de S.Paulo.
Diz a colunista que a  presidente determinou que as articulações feitas por seus ministros com a Câmara e o Senado passem pelo crivo da Secretaria de Relações Institucionais em todas as ocasiões.
O objetivo é evitar desgaste caso algum ministro prometa ao Congresso mais do que deveria, e a presidente precise vetar textos aprovados no plenário.

FAB: faltava treino a pilotos de Eduardo

Segundo apuração de órgão da Aeronáutica, profissionais não tinham formação adequada para conduzir avião

Investigação aponta que trajeto não seguiu plano de voo; militares evitam emitir conclusões sobre as causas do acidente
O piloto e o copiloto do avião que transportava o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) e mais seis pessoas não tinham formação adequada para conduzir o jato, diz o Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos).
O órgão da Aeronáutica apura as causas do acidente que resultou na morte de todos que estavam a bordo, em agosto. Parte do resultado foi revelada no dia 16 pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo a apuração, ainda em andamento, o trajeto para descer em Santos (SP) e arremeter a aeronave não seguiu o plano previsto.
Chefe da investigação, o tenente-coronel Raul de Souza ponderou que os dois tinham histórico de voos em avião semelhante, mas precisavam de treinamento para conduzir o jato usado pela campanha do então presidenciável.(Da Folha de S.Paulo)

Oposição desembarcará na candidatura de Cunha

Integrantes do PSDB, PSB, PPS e PV dizem que 'terceira via' ficou inviável e que o melhor é garantir a derrota do PT
Da Folha de S.Paulo - Daniela Lima e Marina Dias
Na reta final da disputa pela presidência da Câmara, os partidos que sustentam o nome de Júlio Delgado (PSB-MG) para o comando da Casa articulam um desembarque em bloco da candidatura pessebista em favor da eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O peemedebista é o favorito para o posto, mas corre o risco de enfrentar uma eleição de dois turnos se Delgado permanecer na disputa. Caso o movimento da oposição se concretize, crescem as chances de Cunha liquidar a fatura em um turno só e alijar o PT dos principais cargos da Câmara dos Deputados.
O argumento para o desembarque da candidatura de Delgado é pragmático. Integrantes do PSDB, PPS e do próprio PSB ouvidos pela Folha dizem que insistir em uma terceira via sem chance real de vitória é "relegar a oposição ao nanismo em todos os postos da Casa".

Voz das urnas: quem decidiu mudar foi Dilma

Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
Em sua participação final no Fórum de Davos, Joaquim Levy disse, sobre a nova política econômica, que "nós decidimos mudar". A imprecisão deliberada desse plural não disfarça a inverdade, caso expresse o país, como interpretado por parte do noticiário, nem a presunção do autor, se referida à decisão governamental.
O país não decidiu mudar. A maioria do eleitorado não apenas votou pela continuidade: rejeitou a política econômica proposta por Aécio e agora adotada por Dilma.
Quem decidiu mudar foi Dilma Rousseff, e decidiu sozinha, em uma extravagância de poder contra a vontade das urnas. Espera-se que não volte a falar em plebiscito ou em qualquer consulta à vontade pública.

Petrobras divulgará prejuízos com a corrupção

Da Folha de S.Paulo - Samantha Lima
Com atraso de mais de dois meses, a Petrobras prevê submeter ao seu Conselho de Administração, nesta terça (27), seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2014.
Se aprovado, deve ser divulgado, mas sem o parecer de auditores independentes, como requer a lei.
O atraso deveu-se à revelação do esquema de corrupção na estatal. Sem citar valores, a empresa diz prever a subtração de valores atribuídos a pagamento de propina. O mercado estima baixas de R$ 10 bilhões a R$ 48 bilhões.
O balanço auditado deveria ter sido apresentado até 14 de novembro de 2014, mas não recebeu o aval da empresa PwC (PricewaterhouseCoopers).
Depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar, fez a PwC se recusar a assinar o documento até que o efeito da corrupção nos negócios da estatal fosse conhecido e eliminado.
Com isso, a Petrobras se viu obrigada a reavaliar os ativos construídos pelas empreiteiras denunciadas por Costa e, desde dezembro, impedidas de fechar contratos com a estatal.
A conta será feita tomando como base o depoimento de Costa, que citou propina de 3% sobre o valor dos contratos, e a capacidade de os ativos darem lucro. Deloitte e BNP Paribas foram contratados para ajudar na avaliação.
Não se sabe quando a PwC assinará o balanço. "Isso só vai ocorrer quando ela tiver certeza de que todo o desconto possível foi feito", diz executivo de uma empresa de auditoria.
A presidente da estatal, Graça Foster, disse em dezembro que, como mais denúncias podem surgir, pode-se levar anos até que se saiba o preço da corrupção.
O balanço a ser apresentado não atenderá à lei, mas servirá para mostrar a situação financeira da companhia. Evita, ainda, o vencimento antecipado de dívidas por credores que exigem balanços, mesmo que não auditados.
A Petrobras precisa apresentar esse balanço auditado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) até 14 de novembro de 2015, ou terá seu registro de companhia aberta suspenso.
Já a lei americana exige que o documento auditado com as demonstrações de 2014 seja apresentado até o final de abril. Caso contrário, as ações da estatal deixarão de ser negociadas na Bolsa de Nova York.

Sob pressão Dilma revê mudança em benefícios trabalhistas

Após polêmica de Joaquim Levy na semana passada, Planalto considera que terá de ceder para aprovar projeto
Mudança pode envolver período de carência para concessão do benefício na primeira solicitação do trabalhador
VALDO CRUZ JULIANNA SOFIA DE BRASÍLIA
O governo já admite reservadamente que vai ceder às centrais sindicais e rever parte das mudanças nas regras do seguro-desemprego que endureceram o acesso ao benefício trabalhista.
Segundo a Folha apurou, a equipe da presidente Dilma chegou à conclusão de que, sem alterações, a medida provisória que restringiu o benefício não será aprovada no Congresso Nacional.
Assessores presidenciais disseram à reportagem que, diante da reação contrária de lideranças sindicais, a estratégia era fazer concessões durante a fase de tramitação da proposta no Legislativo.
Agora, após declarações do ministro Joaquim Levy (Fazenda) avaliadas pelo Palácio do Planalto como infelizes, a equipe de Dilma acredita que pode ser obrigada a sinalizar mais concretamente o que irá mudar na próxima reunião com as centrais sindicais, em 3 de fevereiro.
Na semana passada, em Davos (Suíça), Levy chamou de "ultrapassado" o modelo do seguro-desemprego, o que irritou sindicalistas e até assessores de Dilma.
Seu colega Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) divulgou nota no sábado (24) classificando o seguro-desemprego como "cláusula pétrea" dos direitos dos trabalhadores.
O próprio Levy reconheceu internamente no governo que não foi feliz em suas declarações. Ele defende mudanças no sistema, mas sem retirar direitos trabalhistas. 

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