sexta-feira, 22 de maio de 2015

Recife cede: abre centro histórico à especulação

Do El País - María Martín
Mega-empreendimento de 13 torres na beira do mar é alvo da Justiça e dos ativistas
Faz um ano que algumas retroescavadeiras acenderam o pavio do movimento social mais combativo da memória recente no Recife.
Desde que um poderoso consórcio imobiliário entrou, naquela madrugada de 21 de maio, no cais José Estelita, para tentar demolir antigos armazéns e começar a construção de um megacondomínio de 13 gigantescas torres na beira do rio, os recifenses iniciaram uma agitada discussão sobre o modelo de cidade que estava dominando Recife.
A capital começou a ser alimentada agressivamente, até hoje, pela especulação imobiliária. O movimento Ocupe Estelita, nascido dois anos antes, parou aquelas máquinas, e resiste hoje, com suas últimas cartadas e seu exército nas redes sociais, ao poder dos arranha-céus.
Dentro de algumas semanas o consórcio vai protocolar um novo desenho daquele macrocondomínio residencial, hoteleiro e comercial. Faltam apenas os detalhes mais técnicos. As alterações, que dão ao exclusivo projeto uma cara mais amável com moradia social, área verde e ciclovias, foram combinadas lado a lado com a prefeitura.

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